Nossa História
A ideia de fundar uma cerâmica nascia há 30 anos, alimentada pelo desejo de aliar a riqueza do solo, as condições naturais favoráveis e o conhecimento da terra ao empreendedorismo. Conta o empresário e engenheiro agrônomo Francisco Xavier de Andrade, à época um vendedor de fertilizantes…
1| E Assim Começa a Salema
S alema, nome da região do Vale do Mamanguape onde existia um antigo porto fluvial que movimentou a segunda economia mais forte da Paraíba no século XIX, também designa uma simpática espécie de peixinho amarelo que aporta pela costa brasileira, incluída a cidade de Rio Tinto. Hoje, mais do que história e natureza, Salema ganha mais um significado, é esse o nome de uma das empresas privadas que mais emprega na região do litoral norte paraibano e é responsável também por tocar nas pessoas o sonho da casa própria. A ideia de fundar uma cerâmica nascia há 30 anos, alimentada pelo desejo de aliar a riqueza do solo, as condições naturais favoráveis e o conhecimento da terra ao empreendedorismo. Conta o empresário e engenheiro agrônomo Francisco Xavier de Andrade, à época um vendedor de fertilizantes:
“Quando comprei a propriedade em Rio Tinto, vi que havia jazidas de argila e uma pequena olaria em decadência. A minha primeira pretensão foi plantar cana-de-açúcar e criar gado, mas enxergava a olaria como um potencial, e por isso desenvolvi as três atividades”.

2| E a cerâmica Cresce
Há 26 anos a Salema não era nada disso”, diz Luiz Antonio, apontando para uma foto emoldurada na parede do escritório com vista aérea da empresa feita há poucos anos. “Foi graças à persistência e boa gestão empresarial que a empresa cresceu”, reconhece, ele que também testemunhou a morte do sonho agropastoril dos seus primórdios. “No início, saíam das máquinas aquele tijolo manual, quadradão, que abastecia pequenos depósitos. Ninguém imaginava no que aquela olaria pequenininha iria se tornar”.
A estrutura da pequena olaria, feita em galpões velhos de madeira, pouco a pouco ganhou instalações melhores para acomodar o tijolo nas suas diferentes fases de processamento.
“No início, eram quatro forninhos pra uma pequena produção de tijolos, a capacidade de cada um era de aproximadamente 20 vezes menos que os atuais”. Diz Severino José, o Virino, na cerâmica desde 1981.
O maquinário, comprado com a ajuda de empréstimos bancários, aumentava a capacidade de produção.
O assessoramento veio de empresários do ramo, construtores, advogados, mas sobretudo da gente simples, do chão de fábrica, que opinava desde as reformas estruturais até como aplicar o dinheiro das primeiras vendas.
“Precisei considerar o que ouvia para aprender, nada desprezar. As redes, rodas de conversas, são muito ricas. Gente que tinha apenas o ensino primário me ensinou lições para a vida inteira, coisas que a universidade não fez”, diz Francisco Xavier.
A cerâmica, que começou distribuindo para pequenos depósitos de construção, hoje vende para Pernambuco, Rio Grande do Norte e Paraíba. É parte do “boom” que o mercado imobiliário brasileiro vem experimentando, tanto em face do equilíbrio da inflação (que permite ao brasileiro investir). Um exemplo disso, são os programas de ajuda,como o Minha Casa, Minha Vida, que esticam os planos de financiamento de imóveis a juros praticáveis. Mas outro fator está por trás do crescimento da Salema, ainda mais dentro do MCMV: o bloco estrutural.